sábado, 14 de abril de 2012

Poeta

Sou poeta de meias verdades
Poeta de muitas mentiras
Poeta de poucas palavras 
E de alto cantar sem cantiga

Sou poeta de canto calado
Ou La Traviata contida
Sou parte, sou clave e sou ato
Sou pranto, e também calmaria

Fervilho um sentir sem cuidado
E paixões que me fazem menina
Espanto meu pensamento extirpado
Finjo curar as profundas feridas


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