sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Abrindo espaço

Impiedosamente o tarde de mais existe. Pura ingenuidade pensarmos que se pudéssemos voltar e refazer as coisas teria sido melhor. Anote isso: você teria feito o mesmo! Pensar faz amadurecer e pensar muito pode fazer apodrecer, mas pensar é preciso! Por isso eu penso. Penso muito, penso alto... mas por outras vezes se faz necessário... então me permito esquecer.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ilusões consentidas

          Foi um "pare de se enganar" que lhe fez ver toda a grandiosidade do plano. Ela não se enganava e ele sabia que era só brincadeira. Uma brincadeira, todavia, séria. Necessitava de atenção e cuidado. Como uma pequena empresa que acaba de ser aberta. Como um jogo que precisa de todas as peças para funcionar.
          Era um plano de se viver o que não fora vivido antes. De experimentar o que nunca fora provado. Não era difícil descobrir os laços que se ocultavam por de baixo daquela aparente muralha de companheirismo, difícil era compreendê-la. Mas eles se compreendiam. E até se gabavam um pouco. Estavam praticamente um passo à frente da humanidade por isso.


          Não buscavam um novo amor, uma paixão enlouquecida... menos ainda um par para passar o resto da vida. Não queriam sentimentos verdadeiros e juras eternizadas. Queriam a efemeridade de um sorriso sincero e de uma carícia calada. Queriam a não obrigação, e o retorno alheio consciente, não aquele já esperado. Queriam o aquecer de uma noite fria e o despertar de manhãs ardentes. Queriam ilusões, invenções, conversas doces e conversas quentes. 
          O plano era grandioso e congruente. Era reto, objetivo. E já não havia tanta vergonha aparente. O plano era ser feliz. Acha estranho? Para eles era tão comum. Era tão evidente. Se querer bem e cuidar do que sente. Esse era o novo lema...  era a ordem vigente.