terça-feira, 28 de junho de 2011

Amanhã

Amanhã serei eu novamente
Com meu belo sorriso de praxe a saltar 
Só preciso te matar aqui dentro de mim
Só preciso morrer e ressuscitar.


Saudade de estar

Esse amor é o mais puro 
Se comparado ao ouro mais puro que há
Não há engano ou infortúnio
Somente a calma, a certeza
E a saudade de estar


Talvez seja um até breve
Adeus seria difícil lidar
Talvez possa ser uma pausa
Ou só um sonho que acabou de acabar


Em meu rosto talvez tenha lágrima
Mas não te aflijas, ela vai secar
Outrora um tempo que me foi vivido
Morreu no tempo que não vai voltar.




sexta-feira, 24 de junho de 2011

O pior inimigo

Eu sentia a ausência do seu afago, a sua ausência mais presente que a dor na face de quem apanha. Culpava-me por isso. Foi exatamente eu quem criou toda essa história mentirosa de amor.

A briga era entre eu e o meu eu mais belo. A discussão era por dentro. Eu brigava comigo. Eu era meu pior inimigo.

Prendi-me em história sem fim. Lancei meu coração na jaula desses leões famintos. Sem chave ou redenções à caminho, tornei-me carcereiro de mim e a minha cela era o seu próprio ninho.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Venha comigo



Eu posso te dar a mão no caminho
Nós não nos perderemos mais
Certa vez quis caminhar sozinho
Noite tão triste
Navio sem cais


Aconchegado, coração no ninho
Vela parada, vento que não faz
Soleira aberta, um peito nu despido
O sentimento, e tudo mais, se esvai


Na melodia de um som calado
Um coração que samba então sem par
Tropeça em pés que não são pés alheios
Traga o veneno que lhe vai matar


Cantam meninas dos olhos que vejo
E te percebo sem querer ousar
Canto a cantiga que me põe no berço
Espero a chuva dos olhos secar