sábado, 14 de abril de 2012

Despedidas

        A dor da perda daquele que não se foi e a angústia latente do medo de se perderem. Sentimento Recíproco e congruente. E o que lhes faz sofrer é a vontade, o aperto no peito que dá ao dormir, a presença do outro e sua ausência tão real. Consegue ser mais real que a presença que se figura.
        As despedidas são despedidas reais. São doídas. Despedem-se o tempo todo. A cada olhar desviado, a cada pensamento extirpado, a cada abraço evitado.
        Não se completavam e nem ao menos eram opostos que se atraíam. Eram mais. Transbordavam-se. E era esse transbordar que sentiam dolorosamente se esvair aos poucos. A cada dia que não se eram.

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