Você já estava do lado de fora quando resolveu ficar.
Estava do lado de fora da alma
Do outro lado da rua
Esperando no cais um barco que não vai voltar
Quanta ironia desse tal de destino
Te dá, te toma e depois vem te cobrar
Te molha a boca no pecado do mel
E depois te deixa o infortúnio de mar
Mas porta que se fecha por dentro
É mais difícil de alguém arrombar
Pois todo dia se inicia com um sol
E depois a lua vem acariciar
Ah! Que azar!
Perdestes a primeira aula da escola da vida
Não sabes que todo bônus tem seu ônus?
E que não adianta correr pra onde quer que se vá
A cada ponto há uma parada.
E a cada parada, um novo ar.
Um poema irônico, diferente. Um abraço, Yayá.
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