segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não te peço muito


        O que te peço não é muito. Não tem porque me negar, então. Peço somente que me dê a mão quando for atravessar a rua, e que me segure quando eu tropeçar. Peço que me prenda quando eu quiser fugir, e que me liberte quando eu quiser ficar. Peço que me entenda quando eu confundir e que me explique quando eu acertar. Que me presenteie sem eu te pedir e que me abrace quando eu fraquejar. Que me aqueça quando eu sentir frio e no calor, me leve a um banho de mar.
        Quando eu chorar sem ter motivo, que me abrace e finja se importar. Quando eu chorar o mais triste motivo, me abrace do mesmo jeito e me permita morrer e ressuscitar. Quando eu quiser o impossível, fique do meu lado até a vontade passar. Quando eu sentir que não tenho mais força, me pegue em seus braços e leve sem pestanejar. Quando eu sentir um vazio, me mande flores e um cartão sem muitas palavras. Me dê um beijo sem esperar que eu corresponda. Me dê a mão sem esperar que eu a segure.
        Quando eu me tornar lúcida demais, me enlouqueça um pouco. Quando eu estiver louca demais, me leve para passear na beira da praia. Quando eu quiser sexo, me dê amor. Quando eu te der amor, me ame também. Quando chover, me chame para andar na chuva. Quando estiver sol, podemos dar um mergulho no rio. Quando eu sofrer, que você possa aliviar o que sinto com o aperto de um longo abraço. Quando eu sorrir, que você faça parte disso.
        Quando eu cantar, que você seja o maestro. Quando eu gritar, me abafe o grito no ato. Quando eu chorar que seja de felicidade e que você seja parte disso também. Quando eu pensar em ti, que estejas pensando em mim. Quando eu morrer, que me deixe partir, e me deixe viver para sempre do lado de dentro de ti.

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