segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Erros...

        Aos vinte e poucos anos admito que já cometi diversos erros. Mas nenhum tão grande a ponto de me fazer desistir de tentar. E nem tão pequenos a ponto de passarem despercebidos. 
        Já caí na rua, já me cortei brincando com faca, já me queimei com fósforo, já me joguei da estante querendo voar, já dancei como eu quis, já chorei na frente de quem não devia, já tive crise de riso quando não devia também.
        Já peguei o ônibus errado, já desci do ônibus antes do ponto, só por causa da ansiedade de chegar logo lá, já me perdi em lugares que jurava conhecer como a palma da minha mão, já me achei em lugares completamente desconhecidos. Já confiei em canalhas, já acreditei em juras falsas, já encontrei o príncipe encantado e pedi pra ele voltar depois. Já me arrependi, já chorei, já ri de mim.
        Cometi tantos e tantos erros, que já nem conto mais. Mas sinto no peito este espaço, este leito ainda à espera do novo que está por vir. Há em mim essa vontade de conhecer, essa coisa de pagar pra ver.
        Sempre que me lanço ao desconhecido vou sem armas ou guarda-costas. Vou com a cara e a coragem... o coração geralmente fica pelo caminho. Mas ele sempre me encontra um dia e acaba por voltar ao seu ninho.
        Mas esse espaço em meu peito me move, me faz querer mais. Sinto meu corpo cansado e meus pés já doem, mas minha paixão pela vida cura as feridas e sana as dores causadas por esses cães ferozes.

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