sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Arme-se! A guerra já começou, você não vê?!



        Tirei alguns minutos para pensar naquelas pessoas que temem o desconhecido.
        Pensamos que só nós sabemos como é isso, mas, na verdade, todo mundo sabe como é. Todo ser que se diz humano sofre desse mal. Temer o desconhecido é regra de etiqueta, é lei natural.
         Pior que temer o desconhecido, é ser o desconhecido e saber que temem à você. Você sabe que não representa mal a ninguém, mas e daí?! As pessoas já se armaram pra te combater.  Pra combater esse monte de coisa que você representa, que nem se sabe o quê... mas vão combater.
        Imagino ainda a cabecinha daquelas pessoas que sempre viveram certezas tão certas, que aposentaram suas armas contra o incerto, o indeciso, o desconhecido. E a única arma que ainda possui é uma tão ineficaz... é fingir. Fingir que não viu, não ouviu, não entendeu... Mas o preço dessa inútil arma sempre é aquela lágrima quente e cortante.
         Mas vai lá... Arme-se! Arme-se como puder! A guerra começou! É mais fácil ser assim mesmo. Eu bem que queria conseguir simplificar as coisas dessa forma, mas não... gosto dos desafios! 
        Tenho que admitir que armas eu tenho muito poucas, se é que ainda me resta alguma. Mas atente para uma coisa: Armar-se é diferente de não saber lidar. Eu não sei lidar com muita coisa, muita mesmo... não é brincadeira! Mas deixa estar... é melhor que pensem que me armo constantemente... talvez assim não queiram me chamar pra combate... certamente sairei derrotada. Pois acredito que mãos não foram feitas para bater, mas para acariciar... braços não foram feitos para agarrar à força, mas para abraçar... bocas, para beijar... olhos para que possamos pelo menos tentar entender a verdade daquele que nos espia.
        Acredito nas pessoas. Posso até me desiludir algumas vezes... Mas prefiro sempre acreditar nelas... E me sentir um pouco mais humano... sempre que possível.

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