quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mar dos Olhos

        Sei que quando olhas em meus olhos mergulhas num mar sem fim. Perde-se ao sabor dos ventos. Encontra-se sem chão, sem barco, e cheio de tormentos.
        Meu olhos são mais do que mares abertos ao desconhecido devaneio do sentimento. São obscuras fendas que levam ao descontentamento.
        Tenho ciência de que vives laborioso trabalho de decifrar o que se esconde nesses olhos meus. Procuras em cada canto, cada parte, o que ainda há e o que se perdeu.
        Peço, então, que assim que descobrires, me retire da tormenta. Me diga o que se esconde por de trás dessa camada de expessa nuvem. Me retire desse mar que me banha e me arrebenta.

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